sábado, 10 de março de 2007

MAIS UM ZÉ NINGUÉM

Essa é a história de um Zé
Um Zé qualquer
Que perdeu o compasso da dança
Ficou sem esperança
Com o engano que cometeu.
Um copo, dois copos...
E lá vai o Zé
Em total embriaguez
A cachaça lhe consola
Enquanto a sua volta
A vida passa sem se importar
Zé era compostior,
Queria ter dinheiro e sucesso
Fazia canções de amor
E compôs, compôs...
Conheceu uma certa Maria
A luz de seu dia.
O Zé não trabalhava
trocava o dia pela boêmia
Enquanto sua Maria
O esperava no recanto do lar
Sempre de braços abertos
Pronta para amar.
Passou-se um dia, dois dias,
Uma semana, um mês...
E nada do Zé
O que será que dele se fez?
Maria chorou, chorou...
E no auge do sofrimento
Pra curar o seu lamento
Ela conheceu um tal João.
Rapaz trabalhador,
Humilde como ele só
E com a fala mansa
Emprestou o colo
Onde agora Maria descansa,
Mas o que se fez do Zé?
Já sem ter esperança
Maria se casa com João
Quando chega em seu portão
Querendo tomar a situação
O cara de pau do José
Disse ter ido pra cidade grande
Que fez fama e sucesso
E que não teve como lhe levar
Mas a ganância tinha afastado aquele amor
Maria o dispensou.
E ele chorou, chorou...
Não sabia que tinha perdido seu amor
Viu ali o seu mundo desmoronar.
Zé então bebeu o seu dinheiro
E ainda bebe o dia inteiro
Não faz mais canção de amor.
O tempo foi passando...
Zé foi se desgraçando, e
Hoje é mais um Zé que passa
Que as vezes dorme na praça
E namora uma garrafa de cachaça
Virou um Zé Ninguém!

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