quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

MEU GRITO

Os olhos choraram
Choraram sem querer
Eu nada pude fazer
Aquelas palavras cortaram,
Sangraram por dentro
A dor de um lamento
Que a razão não atina
Passa longe da retina
Tal desfasatez
E os olhos pararam
Pararam não para ver
Porque não tinha o que ver
Aquelas cenas cegaram,
Escureceram o momento
Não houve qualquer movimento
Não foi coisa de sina
Pois ninguém imagina
Tal insensatez
Sobrou a indignação estampada
Não sobrou mais nada
Nem lágrimas para chorar
A perplexidade calada
Com as mãos atadas
Sem voz para gritar
Mas, eu grito!
Em forma de poesia
Esperando ver um dia
Que a vida valha mais
Bem mais que as migalhas
Que ficam espalhadas
Pois as migalhas são só restos
E uma vida é muito mais.

3 comentários:

Alexandre Cortez. disse...

fala, Paulinho.. parabéns pelo Blog... eu também ando fazendo meus textos, expondo minhas idéias... vou ser seu leitor assíduo a partir de agora, assim posso admirar mais o seu trabalho.. rss... grande abraço e quando puder, acesse meu blog também...

Unknown disse...

Puxa, Paulo, que lindo!
Adorei a possibilidade de conhecer seu trabalho um pouco mais de perto.
Vou acessar sempre.
Parabéns,
Rosana

Lu disse...

Que lindo..adorei!
São poucas palavras, mas que falam muito...e diferentes né? um texto mais profundo, mais verdadeiro, outro mais bem humorado...Parabéns!
Tbm vou acessar sempre!
Beijos...Lu